segunda-feira, 21 de novembro de 2011

JÚLIO DINIS (1839-1871)





Joaquim Guilherme Gomes Coelho, (Porto 1839-1871) usou como escritor o pseudónimo de Júlio Dinis.
Apesar de muito cedo ter contraído tuberculose, acabou o curso de medicina e foi incluído como demonstrador e lente substituto no corpo docente. O mal de Júlio Dinis não tinha cura. E com trinta e dois anos apenas, morreu aquele que foi o mais «suave e terno romancista português, cronista de afectos puros, paixões simples, prosa limpa». De resto, essa terrível doença, que já havia vitimado a mãe, foi a causa da morte de todos os seus oito irmãos.
Foi o criador do romance campesino e as suas personagens, tiradas, na sua maioria, de pessoas com quem viveu ou contactou na vida real, estão imbuídas de tanta naturalidade que muitas delas nos são ainda hoje familiares.
Júlio Dinis viu sempre o mundo pelo prisma da fraternidade, do optimismo, dos sentimentos sadios do amor e da esperança. Quanto à forma, é considerado um escritor de transição entre o romantismo e o realismo. 

Várias gerações ficaram marcadas pelos seus livros: As Pupilas do Senhor Reitor, A Morgadinha dos Canaviais, Uma Família Inglesa, Serões da Província e Os Fidalgos da Casa Mourisca. Estes romances existiam em muitas casas e eram as primeiras leituras de muitos adolescentes.

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